Eu caio, me machuco e faço o meu próprio curativo. Sempre foi assim, em
tudo. Não choro minhas dores pra ninguém além do silêncio que me cerca
quando a luz se apaga. Por isso, não gosto que tirem meu band-aid e
arranquem as casquinhas. Não admito. Só eu sei a hora de cutucar minhas
próprias feridas. Esse é o meu enredo. Eu mesma escrevo, eu mesma narro,
eu mesma entro em cena quando acho necessário. Eu escolho os
personagens, e misturo todos os gêneros, porque a vida pra mim é um
amontoado de coisas e é desse jeito que me ajeito nesse mundo em que mal
caibo.Eu caio, me arranho, me estrepo, mas sou muito mais dura que a
queda. Eu sou o abismo que me permito e que me cerca.
*Carol Escreve*